segunda-feira, 16 de março de 2009

Filosoblogando

Ano novo, vida nova! Não é assim mesmo a frase? Bem, se o ano é novo e a vida é nova, por que não um blog novo? Por que não partilhar de nossos pensamentos, idéias, confissões e aflições. Ou seja, por que não FILOSOBLOGAR? Passamos à vida inteira estudando tantas coisas, aprendendo regras, carregando dogmas. Então, por que não estudarmos a nós mesmo? Por que não refletir sobre nossa existência, nossas paixões, nossos medos, nossa sociedade, sobre o casamento, sobre o amor? Por que não encontrar o que há de real em nós?
Filosofar, não é exatamente estudar a ciência da filosofia (que me perdoem Platão e Kant, brilhantes filósofos), nem ler os livros de Marilena Chauí (que são excelentes por sinal). Tratamos aqui, do que eu chamo de “filosofia mundana”. Uma filosofia que plasma a vida como ela é (e não como ela exatamente deve ser, relembrando a teoria Kelseniana que diz respeito ao “ser e dever ser”).
Mas, como não sou nenhuma revolucionária, logicamente meus ideais baseiam-se em algum pensador, ou melhor, muitos pensadores. Talvez esse modelo de filosofia que aqui apresento tenha sua inspiração na obra O profeta do filósofo árabe Kalil Gibran, o qual confesso minha admiração desde minha infância, quando o li pela primeira vez.
Assim, filosofar também é poetizar. Aproveitarei este espaço para publicar minhas poesias e poemas há muito tempo escritos e guardados a sete chaves, bem como poemas e pensamentos de outros.
E, para iniciar este blog, tecerei a seguinte passagem sobre o conhecimento:
“Vosso coração conhece em silêncio os segredos dos dias e das noites. Mas vossos ouvidos tem sede do som do conhecimento do vosso coração. Sabereis em palavras o que sempre soubestes em pensamento. Tocarei em vossos dedos o coração desnudo dos vossos sonhos. E assim deve ser. A fonte oculta da vossa alma deve elevar-se e correr, murmurante para o mar. E o tesouro de vossas infinitas profundidades será revelado perante vossos olhos. Porém, que não exista uma balança para pesar vosso tesouro escondido; E não testais as profundidades do vosso conhecimento com um bastão, ou com uma sonda. Pois o ser é um mar sem fronteiras e sem medidas. Não digais eu encontrei a verdade, mas sim, encontrei uma verdade.Não direis encontrei o caminho da alma, e sim, encontrei a alma andando em meu caminho. Pois a alma anda em todos os caminhos. Pois a alma não anda sobre uma linha, nem cresce como um junco. A alma desdobra a si mesma, como um lótus de infinita pétalas.” (Kalil Gibran)

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